21.2.09

A curva - parte I



Fosse o cansaço da recta, a ressaca da véspera ou o nevoeiro que baixava em silêncio, a verdade é que ia atirando o carro para lá da protecção da estrada, ao entrar numa curva.

Porra! Desta podia ter encontrado a família que já viajou para o outro lado. Nada me prende, costumo dizer, mas não sou dado a inesperados encontros de família.

Lavou os olhos com a água da garrafa que levava. Acendeu um cigarro, depois de abrandar e, enquanto isto, viu uma árvore feérica que parecia bem na frente. Como a mandá-lo parar.



Mas o que é isto agora? É do nevoeiro. O melhor é estacionar algures e dormitar um pouco. Se eu fosse dado a coisas do além começava a acreditar em tudo o que li na internet quando comprei a casa. Se.

Esperou por uma berma larga. Ligou os quatro piscas, dobrou-se sobre o volante e adormeceu.


fotos de driek

e de integrity_of_light

7 comentários:

  1. INSTIGANTE!!!!!!!!!!!!!!!!
    CONTINUE...

    ResponderEliminar
  2. é bom parar

    para ver como desandam

    as curvas

    ResponderEliminar
  3. A história está a ficar fantástica!

    Apetece ler mais. Muito cinematográfica também. Ou seja: por favor, continue... :)

    ResponderEliminar
  4. Aguça a minha curiosidade. Desde o início.

    Della-Porther

    ResponderEliminar
  5. Ah, as casas velhas, tão cheias de histórias...
    E esta, como continuará? Claro que fiquei curiosa.

    ResponderEliminar
  6. Tocavam os raios ensolarados e madrugadores
    Nas vastas planícies, terras por conquistar…
    Do chão brotavam vidas e esperanças de amores
    Colhidas por ninfas ao som de flautas, a dançar

    Mas nessas terras, também corriam ventos de tirania
    Trazidas por lordes e senhores de um Rei ditador…
    Cobrando liberdade a um povo que por ela ardia
    Forçados às leis impostas pelas espadas, suor e dor

    Um resto de uma agradável semana!

    Bem-haja!

    O eterno abraço…

    -MANZAS-

    ResponderEliminar
  7. gostei do blog :)

    bj

    ResponderEliminar